Com vinte anos, eu tinha acabado de terminar meu primeiro e único namoro. Estava fragilizada, solitária. Achava que nunca mais fosse amar de novo, e me sentia impossível de ser amada.
Com vinte anos, eu acreditava que eu não tinha valor algum. Estava enfrentando (mais) uma dieta, tentando mudar quem eu era. Eu tomava remédio pra emagrecer. Eu odiava quem eu via no espelho.
Com vinte anos, eu tinha tomado o primeiro tombo de uma editora. Pensava em desistir da carreira. Não sabia exatamente para onde estava indo – só sabia que queria chegar lá.
Com vinte e cinco (ou quase), percebo que cinco anos fazem muito com uma pessoa. Sou a mesma, mas mudei, de todas as maneiras que importam.
Com vinte e cinco, posso não ter encontrado o amor de novo, mas sei que ele vai chegar um dia. Aprendi a amar meu corpo e a mim mesma. Tropecei mais muitas vezes, mas não desisti.
Com vinte e cinco, aprendi a respeitar meu tempo. A olhar para as coisas por outro ângulo. A pedir ajuda.
Com vinte e cinco, estou apenas começando.