Lolita e sua turma de amigos acabaram de entrar no primeiro ano do colegial, e é claro que isso implica mudanças. Mas agora, além de ter que lidar com o colégio católico cheio de regras e garotas nada puritanas, as complicações da vida amorosa que a perseguem desde anos antes e o fardo de ter que adotar um apelido que encubra seu nome verdadeiro – e vergonhoso -, Lolita tem mais um problema: as duas primas, Sabrina e Giovanna, chegaram do interior para estudar com ela, e muita coisa vai mudar. Não necessariamente pra melhor.
Uma série que trata de adolescentes típicos – mas não tanto -, mostrando o cotidiano que poderia ser de qualquer um, exceto por um detalhe: neste diário, nenhum segredo se esconde de ninguém por muito mais tempo do que o necessário para se tornar um fator problema.
E aí, prontos pro primeiro capítulo? Então bora nessa!
Prólogo
Oi, e ai galera, beleza?
Adolescente é uma coisa mesmo, né? A gente sempre tem uma necessidade de partilhar os nossos problemas, as nossas complicações. Por que tem que ser assim? Por que ser adolescente é tão complicado?
E é por isso que eu comecei a escrever, pra início de conversa.
Como começo, vou fazer as apresentações rápidas do povo que formou a minha turma desde sempre, porque ai todo mundo se situa. Vocês descobrem quem faz parte dessa zona, e eu posso começar a contar o que vocês querem ler numa boa.
Então vamos lá.
Antes que eu me esqueça (o que ocorre com muita freqüência), me chamo Lolita e sou eu quem vai narrar esta história. Ta legal, eu não me chamo Lolita, meu real nome é Carlota, mas isso não vem ao caso!
Carlota, ninguém merece!
E, caso interesse a alguém saber disso, eu sou loira, tipo alemã, desde que eu nasci, embora eu tenha os olhos escuros e isso estrague todo o charme. Mas assim é a vida, não se pode ser perfeito por completo.
Na minha turma também tinha a Lana, uma garota meio morena, filha de um negro e uma alemã albina, minha mais ou menos amiga. Ok, sejamos francos, eu nunca fui lá de falar muito com ela, mas ao mesmo tempo que nós não éramos as super amigas nós também não nos odiávamos.Tínhamos um certo respeito, e uma certa amizade uma pela outra, doses pacíficas e moderadas.
A Lana tinha um namorado, o Diego, que, assim como eu virei a citar mil vezes futuramente, era um completo e babaquíssimo nerd. Tipo, um cara legal, mas nerd. Escondido atrás de óculos enormes e um cabelo empastado de gel do jeito que nem mais as crianças gostam de usar.
Argh!
A Lana também tinha dois irmãos, um no 2° ano e um no 3º. O Edson, mais velho, era a cara da irmã caçula, mas meio naquele estilo “sou metaleiro!” que eu detesto, com o cabelo comprido e tudo. Já o Henry, que era o do meio, era alemão de cabelos claros como os meus, um gatíssimo que todas as meninas na escola veneravam.
Embora, é claro, todo mundo soubesse que ele não valia nada.
A minha melhor amiga, desde o primário, era a Belatriz. Ela era bem (ok, totalmente) estranha, gótica, cabelos tingidos de roxo, lentes violeta nos olhos e unhas negras ou brancas, mas era legal e sincera.
A Bela, como a chamavam, tinha uma irmã gêmea que era o total avesso dela. A Suellen malhava desesperadamente e, segundo boatos, tinha bulimia, ao passo que a irmã não estava nem ai. Era a patricinha mais detestável de todo o colégio, era burra e tudo o que tinha era rosa. Pink!
Eu juro que sempre tentei ser amiga dela, e mostrar que ninguém a suportava, mas ela sempre foi burra demais pra entender. A Suellen só tinha uma amiga que poderíamos considerar verdadeira: Lua. Nome mais esquisito, não? Pois é, a Lua era a criatura mais biscate que se possa conhecer, então nós podemos imaginar o quanto a Suellen era rotulada…
O primo das gêmeas também estudava com a gente. O Daniel era um amor de garoto, e todo mundo sabia que ele tinha não uma queda, mas um tombo pela Suellen desde sempre, e que todo tipo de problema possível já tinha sido causado na família por causa disso. O melhor amigo dele era o Willian, a paixonite da Bela por ser o eterno garoto-problema da escola.
Minhas primas, Giovanna e Sabrina, também haviam entrado no colégio naquele ano. A Sabrina cantava numa banda de gothic metal e por isso se dava muito bem com a Bela. A Giovanna era do tipo louca, descontraída e rebelde, o que fazia com que ela brilhasse muito mais que qualquer um dentro daquela escola.
E então, tinha o Ricardo.
O Ricardo…bem é um problema à parte. Ele andava sempre com o Daniel e o Willian, mas não se parecia em nada com ele. Pelo contrário, era perfeito.
Olhos azuis, o cabelo louro escuro liso despenteado, corpo sarado, nem muito alto nem baixo demais, um sorriso branco de pirar a cabeça de qualquer uma. O tipo de cara que precisava de um minuto pra fazer você se apaixonar. Menos, se você fosse eu. Ele era a minha paixão desde a sétima série, ano em que eu dei meu primeiro beijo com ele.
Nós não nos falávamos desde então. Não que eu não estivesse disposta a mudar isso. Mas são os fatos.
E assim, eu dou a largada para o nosso primeiro ano como alunos do ensino médio. Divirtam-se.
Beijos da nova amiga,
Lolita.
Capítulo 1 – Recepção Calorosa
Ok, ai vão as razões pelas quais eu definitivamente detesto o mês de fevereiro:
a) Fevereiro significa que o verão está mais próximo do final, e logo vai começar a esfriar. E eu odeio frio;
b) Final das férias de verão;
c) Acordar às 6 da manhã é realmente estimulante;
d) Ver os professores gritando é ainda mais;
e) Lições, trabalhos, provas…;
f) Quer mais alguma coisa?
Agora, as razões pelas quais eu realmente gosto desse mês:
a) Fevereiro também quer dizer que eu tenho alguma coisa pra fazer, afinal, mesmo que seja chato;
b) Tem o carnaval;
c) E eu vejo o Ricardo;
d) É o mês mais curto;
e) E eu vejo o Ricardo. Ponto.
Mas naquele ano, especificamente falando, eu tinha uma razão a mais para amar e odiar o início de ano.
Primas. Amadas primas.
Vamos colocar da seguinte forma: eu sou filha única de pais separados. Meu pai é filho único, e a minha mãe tem três irmãs e dois irmãos, sendo que uma tia e um tio meus são solteiros. Meu tio mais novo é casado e tem uma filha de dois anos com uma argentina, motivo pelo qual ele e a família haviam se mudado pra Buenos Aires e vinham pro Brasil somente em datas festivas. Minha tia mais velha tem três filhos, dois homens de 20 e poucos anos cada um e uma garota de uns dezoito, que não aparecia nunca há algum tempo. E a minha tia do meio tinha a Sabrina e a Giovanna.
Nós três éramos muito apegadas pela própria falta de parentes mais próximos. Quando crianças, nós brincávamos juntas, brigávamos e até viajávamos juntas, como uma família normal. A distância aumentou um pouco quando meu tio foi transferido pra sede da sua empresa em Minas Gerais, e passamos a nos ver somente nos feriados e nas férias durante os quatro anos que se seguiram. E agora que ele tinha sido transferido de novo pra São Paulo, elas estavam de volta.
E tão diferentes…
A primeira impressão que eu tive quando olhei para as duas, sentadas no sofá da casa da minha avó materna, era de que estava olhando pra duas estranhas. Sem chance que tivessem mudado tanto em tão pouco tempo sem nos ver, mas tinham. E como.
A Giovanna e a Sabrina eram ao mesmo tempo idênticas e opostas. O mesmo carisma, a atenção, facilidade pra lidar e encantar todo mundo, e aquele senso explosivo que é melhor não abusar. Os mesmos cabelos ondulados do meu tio, o mesmo formato da boca e o jeito de sorrir, a mesma palidez e o mesmo corpo magro.
Mas enquanto a Sabrina era dócil, meiga e paciente, calma como ninguém, com os cabelos tão castanhos que pareciam chocolate, a Giovanna era louca, impulsiva e enérgica, quase tão loura quanto eu. E, naquele tempo que eu havia ficado sem vê-las, as diferenças estavam ainda mais evidentes.
Nana (como nós chamávamos a Giovanna, apelido que ela odeia mais que tudo no mundo) era a mais velha, mas nunca tinha sido a mais alta. Nós três tínhamos exatamente a mesma altura desde sempre. Não agora. Ela tinha crescido uns quinze centímetros pra cima e mais alguns nas medidas laterais, criando formas de um jeito espetacular. Estava fabulosa. Mais do que eu me lembrava.
A Sabrina estava também mais bonita, mas de um modo mais delicado. Eu sabia que era cantora, que tinha sua banda lá pros lados mineiros, mas não sabia que ela só usava preto. Nem que as pontas dos seus cabelos estavam pretas. Nem que ela agora usava botas de plataforma pra ficar mais alta, porque tinha crescido tanto quanto eu em todos os sentidos e lados.
E isso não era nada bom.
As duas me olharam como se eu fosse um ET muito engraçado quando eu parei na porta e disse:
– Oi! – sem a menor animação.
Imaginei porque elas tinham me olhado daquele jeito. As duas eram verdadeiras moças, e eu tinha a mesma cara desde a quinta série. Fantástico para uma adolescente.
– Carlota? – uma outra voz chamou, vinda da cozinha. Eu passei do rosado pro roxo, enquanto as minhas duas primas riam da minha cara – Venha até aqui pra eu dar uma olhada em você!
Era a minha tia. Devia estar ocupada com alguma coisa do almoço, então eu fui até lá. Ela, minhas outras duas tias e minha avó estavam cozinhando, ao passo que a minha mãe ainda estava deixando a bolsa em cima da mesa.
– Meu Deus, como você cresceu! – minha tia exclamou, e eu forcei um sorriso que diz “eu sei que você está mentindo, mas eu posso fingir ser educada” – Abigail, o que você fez com essa menina? Ela está linda!
– Nem imagino! – minha mãe respondeu, meio distraída – Já deu oi pras suas primas?
– Ainda não pude conversar com elas. – eu disse, adorando ter uma desculpa pra sair do ambiente que envolvia, acima de tudo, o uso do meu nome.
– Então vá, elas estavam doidas pra você chegar!
Só saí de fininho.
Elas ainda estavam rindo quando cheguei na sala.
– Nem… – comecei, antes que elas abrissem a boca – Pensem…nisso!
Giovanna se levantou primeiro pra me dar um abraço. Mal tinha passado os braços pelo meu pescoço e estava gargalhando de novo.
– Que saudades da prima Carlota! – ela disse, e eu quis morrer.
– Por favor, tudo menos isso! – implorei, me soltando pra abraçar a Sabrina. Ela, pelo menos, foi mais complacente.
– Tudo bem, Lolita, a gente não brinca mais! – ela me prometeu.
E é claro que eu duvidei.
Bem, quanto ao meu apelido. Ele não era exatamente antigo. Até a sexta série, eu era a Lota. Pior do que ter um nome escroto é ter um apelido escroto, e eu tinha os dois. Uma criança realmente realizada.
Foi então que eu conheci o Ricardo. E me apaixonei. E senti a necessidade de mudar de vez aquele apelido.
Passaram a me chamar de Lola. Um dia, alguém foi brincar comigo e me chamou de Lolinha, e a coisa pegou até que virou Lolita.
E sou Lolita desde então. Pra todos. Até pros professores.
– Como vocês estão? – eu perguntei, por fim, me sentando no sofá com elas.
– Cansadas da viagem. – a Giovanna respondeu, passando as mãos no cabelo, que estavam mais ou menos na altura do ombro.
– Sua mãe te contou que nós vamos estudar juntas? – a Sabrina parecia animadíssima.
Pelo menos alguém estava.
– Ela comentou. Aliás… – e então me lembrei – Todas as três juntas, certo? Você repetiu de ano, Nana?
– Infelizmente, Carlota. – ela enfatizou meu nome, pra me lembrar que, se eu usasse o velho apelido, ela me chamaria pelo nome. Eu apenas dei risada – Acontece.
– Por quê? – quis saber.
– Deixa o ano começar e você vai entender por quê. – deu um sorriso felino – Se você passar do primeiro ano, seu futuro está garantido.
Ela parecia ter muita certeza disso. Me deu medo.
Na manhã do dia 3 de fevereiro, primeiro dia de aula, lá estava eu, sentada no ônibus escolar, parada no trânsito, ao lado da minha melhor amiga, Bela. Que estava, como quase sempre, reclamando.
– Ela simplesmente foi até o meu quarto… – estava dizendo. Eu não sabia bem se prestava atenção ou não – Sentou na droga do meu computador e começou a mexer, como se fosse dela. Falou que ia mandar não sei o que pra biscate ou qualquer coisa assim. Eu querendo dormir e ela lá, toda poderosa.
– Sério? – eu bocejei, sem o menor interesse.
A parte simples de ser amiga da Bela é que você não precisa falar nada se não quiser, e ela não se sente ofendida. Você pode dormir enquanto ela narra as coisas e ela não liga, desde que você deixe ela falar. E ela odeia que as pessoas dêem opiniões nos seus assuntos, o que facilita um bocado.
A parte ruim, obviamente, são todos aqueles monólogos demorados e incessantes sobre a sua vida ruim e destruída convivendo com a irmã gêmea-porém-nada-parecida, que a família protegia enquanto ela era sempre a cinderela da história. Escutar reclamações diárias sobre tudo e ouvir o nome da Suellen cinqüenta vezes por dia não era uma tarefa fácil.
– Eu tentei falar pra minha mãe tirar ela de lá, mas é claro que ninguém fez nada, porque era a Suellen, e se é a Suellen, então ta tudo certo! – foi em frente. Eu bocejei de novo e fechei os olhos – Ai sabe o que foi que eu fiz?
– O quê?
– Fui lá e dei uns tapas nela pra ela sair do meu quarto. E sabe o que eu ganhei com isso?
– Nem imagino…
– Castigo. Duas semanas. Sem merda nenhuma. – e ela bufou – Aquela vaca entra na porra do meu quarto, mexe nas minhas coisas e sou sempre eu quem se fode. Eu devo merecer, devo merecer mesmo!
– É…
Pra que me preocupar em responder, afinal? Não ia mudar nada.
– Ah, eu esqueci de te contar…
Ótimo,lá vamos nós de novo. Abri os olhos e fingi estar meramente interessada.
– O quê? – perguntei.
– Eu vi a lista da nossa sala na semana passada. – Bela me respondeu – Quando eu vim pegar as camisetas do uniforme.
– E?
– Só tem uma sala de primeiro ano. E o Ricardo está nela.
Se eu não estava interessada antes, agora eu estava. Muito.
– O Ricardo? – de repente era bastante difícil respirar – O Ricardo?
– Ricardo, lindo, perfeito, seu primeiro beijo, sua paixonite, sim, este Ricardo! – a Bela riu da minha expressão maravilhada, e depois ficou séria de novo – Você sabe que eu não acredito realmente que alguma coisa vá mudar, né?
– Bela! – nós discutíamos sempre sobre isso. Todo dia de toda semana de todo ano eu tinha esperanças de que o Ricardo simplesmente iria se lembrar de que nós tínhamos um dia sido um casal muito fofo, e então viria falar comigo de novo. A Bela acreditava que eu estava pirando. Até agora, ela estava vencendo – Pára com isso, beleza?
– Você… – começou, e eu nem dei chance de ela completar.
– Sou a mais idiota desse mundo, legal!
– Segunda mais idiota. A primeira é a Suellen.
– O que te faz pensar que ele vá me ignorar agora que nós estamos na mesma sala?
– Lolita, sinceramente? O que faz você pensar que isso vai mudar alguma coisa? O cara ficou com você na sétima série, maravilha! Ele te ignorou depois disso!
– Me aguarde, Bela! – eu dei um sorrisinho malicioso – Eu vou mudar isso, você vai ver!
Mas eu não tinha nada em mente. Absolutamente nada.
É, ele me ignorava já tinha muito tempo. Nunca mais nos falamos desde que ele decidiu terminar comigo por motivos que eu nunca entendi. Ele já tinha namorado mais garotas da escola do que eu podia contar, enquanto eu…
Era a maior perdedora do Santa Rita (nossa escola). Nunca fiquei com mais ninguém. Portanto, o Ricardo não só tinha sido o primeiro cara da minha vida como também tinha sido o único. Um dos motivos pelos quais eu ainda era tão apaixonada por ele.
O ônibus parou na frente do colégio e nós fizemos fila pra sair. Na minha frente, estava o Diego, tão mudo como sempre. Ele murmurou um “oi” e ajeitou os óculos na cara antes de descer do ônibus, e então eu desci, seguida da Bela e da Suellen.
O Colégio de Ensino Católico Santa Rita de Cássia era uma escola particular dirigida por um padre idoso e estranho que quase nunca era visto. Havia dois prédios, um onde eram as salas de aula – de 5ª série a 3° ano do ensino médio -, e outro que servia de abrigo para as freiras que ajudavam na direção da escola.
Mas é claro que, ao contrário do que qualquer um poderia pensar, o Santa Rita não era regado a bons modos e alunos certinhos. Longe disso. Era um verdadeiro antro de adolescentes endiabrados e causadores de problemas, e eu tenho que admitir que fazia parte dessa turma. Da pior turma, pode-se dizer.
Tão logo passei pelos portões brancos da entrada, sob o olhar severo da irmã Matilde (a inspetora mais detestável do mundo), me senti em casa.
E tão logo olhei pro pátio principal, percebi que a minha assim chamada “casa” ia virar de pernas pro ar logo, logo.
Certo, elas não tinham uniformes. Mas por que diabos a Giovanna tinha que me aparecer com uma blusinha com um decote daquele tamanho? E, principalmente, por que a Sabrina estava usando um crucifixo do tipo gótico na porra do pescoço dela?
Não entendeu? Vou explicar. Por ser um colégio católico, o Santa Rita tem certas normas estúpidas de etiqueta para a vestimenta e acessórios, que dita coisas como “não usar excesso de maquiagem” para as meninas, “não usar bonés” para os garotos, “não usar brincos demasiado grandes”, “não usar acessórios ofensivos” (como o caso do crucifixo, que parecia ter saído direto de um centro de macumba) e, principalmente, respeitar o uso dos uniformes. Quando o aluno não tivesse posse de uniforme, “utilizar roupas respeitosas” era a regra.
E elas estavam ali, paradas, quebrando duas regras numa única vez. Eu estava surpresa de ainda estarem ali, pra falar a verdade. A Bela já tinha sido mandada de volta pra casa por vir com uma camiseta de banda um dia!
– Bom dia! – eu disse, e as duas sorriram pra mim. Pude ver a Giovanna escaneando a Bela de cima abaixo.
– Bom dia. – elas disseram, quase ao mesmo tempo.
– Então… – eu queria rir, mas me segurei – Não foram expulsas ainda?
– Quase. – a Giovanna respondeu, de um jeito tão desdenhoso que deixava bem claro que precisaria de muito pra expulsa-la dali.
– A Giovanna ameaçou processar o colégio. – a Sabrina nos explicou, rolando os olhos. Do meu lado, a Bela fez uma careta, enquanto a Giovanna se divertia com a própria atitude.
– Foi muito hilário! – ela disse – Fala sério, Lolita, que negócio é esse de código de vestimenta? Ninguém me diz o que eu visto ou não!
– Certo… – resolvi mudar de assunto – Ahn, Giovanna, Sabrina, essa é a minha amiga Belatriz. Bela, minhas primas.
– Oi. – a Bela disse, ainda parecendo meio assustada. Ou enojada. Ou ambos.
Então o sinal tocou, e nós seguimos a massa de alunos até o prédio I, onde ficavam as salas de aula. Seguimos as indicações até chegarmos ao terceiro andar. A nossa sala ficava exatamente de frente pra sala da Madre Teresa (não, não é a de Calcutá, pode apostar. A mulher é um animal de tão ignorante), e eu pude apostar que não era mero acaso. Nossa sala sempre causava problemas.
Me acomodei na fileira da parede, mais ou menos no meio. A Bela se sentou atrás de mim, a Sabrina atrás dela, e a Giovanna na última carteira, como eu já esperava. Ao meu lado, estava o Daniel e o Willian logo à sua frente. As primeiras carteiras eram, como sempre, ocupadas pelo Diego e pela Lana, o casal mais estranho que eu já tinha conhecido. Do outro lado da sala, a Suellen e a Lua cochichavam e riam meio alto demais.
Foi ai que a coisa mais incrível do mundo aconteceu.
As duas últimas pessoas entraram na sala. Uma delas era o professor de química, um cara estranho e muito parecido com o Einstein. A outra era o Ricardo.
Ele entrou todo ereto, poderoso e lindo no uniforme branco e verde-claro do Santa Rita, com a mochila azul surrada nas costas e um caderno preto nas mãos. Estava sorrindo aquele sorriso que me matava por dentro, e caminhou na minha direção.
Ou na direção dos amigos? Afinal, eles estavam do meu lado.
Mas foi na minha frente que ele sentou.
E definitivamente foi pra mim que ele se virou, ainda sorrindo, e disse:
– Oi, Lolinha.
[continua…. dia 05 de Maio]
SIRIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! Lerei o capítulo dois e já quero o capítulo três pra eu reler 😐 Peloamordedeus, os amigos dela são uns loucos, haha. Pra mim, ficou meio díficil de pôr a imagem dos personagens na minha cabeça por conta dos nomes me lembrarem de personagens de outros livros e até os meus próprios 🙂 ESCOLA CATÓLICA LOL Ah, cara, posso dar um apelido para o Ricardo da sua história? Haha. O RiRi vai aprontar algo no futuro… EU SINTO ISSO 😐 /vidente mode on/ Enfim, gostei bastante, Lalarica :B
Eu amei o blog da Larissa
Ei Larissa vc tem muita criatividade msm eu amei capitulo dois,eu te adorei.
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