Em breve: O Diário (nada) Secreto

Enquete encerrada, vocês escolheram: à partir do dia 7 de Abril, todo primeiro domingo do mês postarei aqui no blog um capítulo do primeiro volume de O Diário (nada) Secreto, pra vocês terem a oportunidade de conhecer uma das minhas histórias mais antigas e que nunca foi publicada (e acho que nunca virá a ser. Sei lá, né?)

Mas enquanto dia 7 não chega, pensei cá com os meus botões, por que não fazer um post contando um pouquinho mais sobre a história, curiosidades e tal? Só eu sei quanta coisa tenho pra contar sobre ele! Então hoje vou falar um pouquinho mais sobre esse meu bebê tão pouco apreciado, mas tão querido <3 p="">

O Diário (nada) Secreto é um projeto que iniciei em 2005, então com 13 aninhos – sim, eu sei, faz MUITO tempo! Nesses últimos oito anos, muita coisa mudou, obviamente, e a série cresceu, mas no fundo, continua a mesma coisa que eu tinha imaginado no início da minha adolescência.

O plano quando comecei a conceber os personagens e a história era que O Diário (que tinha outro nome na época, do qual eu nem me lembro mais) fosse o tipo de história com que qualquer adolescente pudesse se identificar, não porque os personagens são todos incríveis, mas porque as histórias narradas nele são todas muito próximas da realidade. Mais do que isso, eu queria narrar eventos reais que tivessem acontecido comigo ou com amigos meus, que eram ao mesmo tempo banais e surpreendentes. Porque a vida de todo mundo rende um bom livro – só precisa saber contar direito.

Dito isso, comecei a esboçar o começo da história, que teria como epicentro a Lolita – eu já sabia o nome dela antes mesmo de a história se formar. Ou melhor, o apelido dela. O nome da Lolita é mesmo Carlota, e é por odiar seu próprio nome (porque, sério, quantos de nós não odeiam seu próprio nome em alguma fase da vida? Mesmo que seu nome não seja tão estranho quanto Carlota) que ela assume seu apelido como sua nova identidade.

O que torna Lolita uma narradora perfeita é que ela é a típica amiga-de-todo-mundo; um papel que, de certo modo, eu sempre achei que exercia nos tempos de colégio. Lolita tem seus próprios problemas, mas é especialista em escutar e conversar sobre os problemas dos outros, o que, a meu ver, faz com que, mesmo sendo narrado em primeira pessoa (e oferecendo assim um campo meio limitado de percepções e de pontos de vista), quem está lendo tenha uma ideia geral de tudo o que rola entre todos os personagens da trama. E são muitos.

Diego, Henry, Ricardo, Edson, Lana, Giovanna, Sabrina, Suellen, Belatriz – entre outros que depois vão sendo apresentados – são colegas de escola de Lolita, que, no primeiro livro, acaba de entrar pro primeiro ano do colegial. A vida está mudando, e agora agir e ser tratado como criança é algo inadmissível. E o crescimento torna tudo mais complicado. Era nisso, também, em que eu estava pensando ao começar a escrever. Tanto que o plano era que a série se resumisse a três livros, um para cada ano do colegial da turma da Lolita. Mas conforme o tempo foi passando e eu, também, fui crescendo, isso foi se tornando cada vez mais ilógico; o ensino médio é só a ponta do iceberg. E tudo o que acontece depois?

A ideia da trilogia foi descartada de vez quando, em 2007, eu comecei a escrever o quarto livro, ainda na minha chamada “primeira fase do Diário”. Então travei ainda nos primeiros capítulos e guardei a ideia na gaveta.

Em 2008, depois que eu me juntei à Nossos Romances Adolescentes, comunidade do finado orkut, eu resolvi que era hora de revisitar a Lolita e seus amigos. Mas quando abri o arquivo do primeiro livro, percebi que não apenas eu poderia fazer algo muito melhor que aquilo, mas eu agora também tinha outras ideias que queria aplicar. E aí começou a “segunda fase do Diário”. Sentei e reescrevi todo o primeiro volume. Depois reescrevi todo o segundo (cuja versão eu tinha perdido, inclusive. Mas isso é outra história). Abri uma comunidade para a série e passei a postá-lo no Orkut, conquistando alguns leitores. Mas na época em que comecei a reescrever o terceiro, o Orkut morreu.

Hoje, estou tentando recuperar o ânimo pro Volume 3, praticamente abandonado há mais de um ano. Quem sabe agora que eu vou postar aqui, com vocês lendo e, espero, comentando a respeito, eu não me animo a continuar? Tem tanta gente que me cobra esse livro até hoje! Estou torcendo pra que mais e mais pessoas venham me cobrar. Eu trabalho bem sob pressão. E a Lolita também…

Beijocas!
Larissa

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