Acabou neste domingo a Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Foi também nesse último final de semana que eu fui dar meus passeios e, claro, meus autógrafos por lá. Em três dias de feira, muuuitas histórias pra contar. Então, antes que eu me esqueça de algumas delas… bora pra um resumão do que rolou na Bienal!
Cheguei na sexta-feira ao Riocentro com uma ansiedade fora do normal, misturada a uma tremenda vontade de nunca mais sair dali. Como tinha de ser, peguei um trânsito dos infernos pra ir da Tijuca até a Barra, o que só serviu pra me deixar ainda mais nervosa. Sabe quando você espera muito por uma coisa, e parece que não chega nunca a hora de ela acontecer? Foi meio assim. Quando finalmente eu e a Andressa – minha amiga, assessora, assistente, fotógrafa e companheira – conseguimos chegar, eu já estava quase explodindo!
Mas chegamos, e, mesmo já tendo visitado o Riocentro em 2011, não pude deixar de ficar meio boba com o tamanho daquilo tudo. Três pavilhões, muitas possibilidades… me animei ainda mais. Entramos.
Dei uma passadinha rápida no estande da MODO, que era o lar dos meus livros e meu futuro endereço
durante a feira, só pra deixar um quilo de marcadores de página, e então eu, a Andressa e a Ana (que eu não conhecia, mas que acabou se tornando a terceira base do meu tripé da Bienal) fomos bater perna. Tinha resolvido que faria minhas compras e minhas andanças todas na sexta-feira, porque sabia que não teria tempo (nem condições) pra isso durante o final de semana. Por isso, se você não me achou no estande na sexta, sinto muito! Realmente não parei por lá. Mas agora você vai entender por quê.
Minha primeira parada foi no estande da Gutenberg, porque era o mais próximo do meu ponto de partida (o estande da Modo, tudo lá no pavilhão verde). Eu queria mesmo comprar Minha vida fora de série 2 pra levar pra autora Paula Pimenta autografar, então aproveitei a viagem. Ainda era cedo, então nem tive com quem competir por exemplares – meu único impedimento era mesmo o dinheiro. Mas se tem uma coisa que a gente pode fazer com muito bom humor na Bienal é pechinchar. A vendedora da Gutenberg que o diga! Essa me aguentou!! Negociei e negociei até conseguir sair de lá com o MVFS2, mais A ilha dos dissidentes e Amigas imperfeitas por um preço que eu julguei justo. E saí de lá feliz da vida. Vinte minutos de feira, e eu já tinha três livros na mão……
Próxima parada, Record! Toda Bienal, é lá que eu gasto mais dinheiro, e é lá que eu compro mais livros. Tudo culpa das muitas séries da Galera que acompanho, e dos vários autores da editora que amo de paixão. Apesar de eles nunca baixarem os preços durante a feira, a vantagem de comprar na Bienal são os descontos progressivos – que, pra ser bem sincera, só começar a valer a pena se você leva mais de 3 livros, o que é sempre o meu caso. Então, lá fomos nós. Me deparei com um estande ridiculamente cheio, que antes mesmo da hora do almoço já tinha uma fila quilométrica pro caixa. Mas tudo bem, porque a Wanessa, uma amiga minha lá da NRA, estava trabalhando no estande!! Fofocas e fotos depois, ela me ajudou a achar tudo o que eu queria (ou quase tudo), fazer as contas e pechinchar brindes no caixa. E de quebra, ainda deu tempo de pegar um autógrafo da autora Patrícia Barboza no meu exemplar de O livro das princesas antes de ela sair pra almoçar! Só vi vantagens 🙂
Dali, fui logo pra Intrínseca, estande que, eu já sabia, estava com as melhores promoções – e, justamente por isso, também estava com as piores filas. Localizado exatamente ao lado da Record, o estande parecia não ter espaço nem livros suficientes pra tanta gente maluca. Eu nem sei dizer se entrei ou se fui lançada pra dentro – só sei que, uma vez lá, sair só era uma opção se a) eu fosse pro caixa, ou b) eu fosse pisoteada. Preferi a opção A. Então fui seguindo o aglomerado de pessoas que me empurrava pra continuar andando, pegando TODOS os livros bonitos/compráveis/desejados/desconhecidos/baratos que vi no caminho. Os preços variavam de 2,00 até 30,00 em média. Claro, tentei me concentrar no que estava mais barato. O empurra-empurra estava tão forte que eu nem tive tempo de olhar direito o que estava pegando até chegar na fila do caixa, mas pelo menos consegui pegar bastante coisa e gastar pouco – foram 6 livros por um pouco mais de 60 reais.
Depois dessa luta e de mais uma longa fila de caixa, já era hora do almoço, e eu estava verde de fome.
Fomos batalhar por um lugar pra sentar, e aproveitamos pra deixar os montes de sacolas no guarda-volumes, milagrosamente gratuito! Bem diferente da comida. Os preços pra comer qualquer coisa dentro da Bienal estavam tão abusivos que achamos melhor trazer lanchinhos de casa. Resultado: comi pão com queijo e presunto (e variações) durante três dias, e agora meu estômago está estragado. Mas pelo menos tive o que comer.
De lá, fomos pra imensa fila de senhas da Paula Pimenta – que, verdade seja dita, nem estava assim tão grande quando chegamos. Éramos praticamente as primeiras. Mas atrás de nós, o número de pessoas crescia vertiginosamente. E foi bem nessa fila que se deu o meu momento de stress do dia, graças à não-organização da Fagga (empresa responsável pela Bienal) e pela falta de tato deles em conjunto com a editora da Paula. Porque, vejam só, a Paula tinha dois eventos naquele dia: a participação no Acampamento da Bienal às 17h, e os autógrafos às 18h. A promessa pros dois casos era que as senhas seriam dadas às 16h. O que aconteceu de fato foi que, depois de uma hora na fila, recebemos só a senha do Acampamento, porque, segundo eles, as senhas dos autógrafos seriam dadas pela editora às
18h, pra ela autografar às 18h30. Mas quem já foi na Bienal sabe o quanto isso é impraticável. Então fomos até a editora pra perguntar o que realmente ia acontecer.
A moça responsável nos garantiu que às 16h45 ela estaria lá pra distribuir as senhas pros autógrafos. Ficamos um pouco mais aliviadas e voltamos para trás. Realmente, às 16h45 ela estava lá, com todas as senhas – mas nenhuma foi distribuída antes das 18h, quando a galera que estava no Acampamento já estava saindo aos gritos e correria pra tentar participar da sessão. Acabou que perdi a tarde inteira na fila, fiquei muito irritada, mas pelo menos esperei pouco pra ter meus livros autografados – era só a 13ª na fila. Valeu a pena. Rever a Paula é sempre uma alegria, e ter mais um livro autografado por ela pra minha coleção é algo mais que especial.
Daí pra frente, o resto foi só cansaço. Andamos, visitamos o espaço dedicado à Alemanha, o país homenageado da vez, e encontramos pessoas e mais pessoas. Saímos de lá quando a Bienal já fechava as portas, cansadas, mas muito ansiosas pelo dia que viria a seguir!
Saldo do dia: 13 livros, muuuitos brindes, pernas doloridas e muita vontade de ficar na Bienal pra sempre!
Que lindo! Fui pela primeira vez na bienal de SP no ano passado, foi mágico, mal posso esperar para ir de novo e agora que sei mais ou menos como é fico com mais inveja ainda (boa tá? hahaha :P) do pessoal que foi pra do rio!
Isabela
Ainda estou em depressão porque não fui.
A primeira vez que fui na bienal do livro foi na de 2011 no Rio e fui ano passado na de São Paulo e a do Rio é tão mais legal 🙁
O estande da Intrínseca sempre fica com preços muuuuito bons na Bienal, adoro hahahaha. E acho que a Galera podia baixar pelo menos um pouquinho os preços dos livros durante a Bienal.
Ano que vem vou grudar em você e vamos todos os dias, ok?
Beijos!
Malu