Maitê e sua mãe não se entendem. Enquanto uma deseja que a filha se transforme de patinho feio gordo para linda princesa de revista, a outra só deseja poder ser ela mesma sem julgamentos. O meio termo é inexistente.
Enfrentei e enfrento essa batalha em casa desde que me entendo por gente. Embora em escalas menores, eu e minha mãe também sempre tivemos ideias opostas sobre o tipo de beleza e corpo que eu deveria ter. Especialmente no início da adolescência, eu não fazia o tipo vaidosa; sempre sustentei a crença de que as pessoas não deviam gostar de mim pela aparência. Naquela época, minha falta de cuidado comigo mesma fazia com que as brigas na minha casa fossem constantes. Ela queria que eu fosse um tipo de menina que eu não sabia e não queria ser.
Talvez por isso desde muito cedo eu tenha aprendido a ver a beleza em inúmeras formas. Tenho pra mim que não existe o belo ou o feio – existem pessoas que enxergam outras pessoas de maneiras distintas. O que me atrai pode não atrair você, e vice e versa. Somos diferentes. Devemos celebrar essas diferenças.
Quando resolvi escrever Amor Plus Size esse era um dos conceitos que eu tinha em mente: trabalhar na ditadura da beleza alheia. Porque todo mundo faz isso, percebendo ou não. A gente tenta impor nossos gostos ao dos demais o tempo inteiro, seja discutindo sobre “fulano é feio ou não”, seja sugerindo um corte de cabelo. Toda vez que você diz pra uma pessoa o que fazer pra ficar mais bonita, você está tentando impor a ela a sua forma de enxergar a beleza. Toda vez que você julga alguém pela aparência, você deixa de dar crédito ao fato de que as pessoas pensam diferente. E tudo bem.
Ninguém é obrigado a achar tudo e todo mundo bonito – mas é preciso respeitar o direito do outro de ser e agir como quiser. Seja gordo, magro, alto, baixo, de cabelos curtos, raspados, coloridos, cacheados, patricinha ou desleixada, todos nós temos algo de maravilhoso: somos únicos.
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Olá.
Gostei muito do tema do seu livro. Infelizmente isso acontece com bastante frequência e deixa marcas.
Costumo falar que os valores estão bastante invertidos. Ser "feio", para algumas pessoas, é pior do que não ter caráter.
Beijoss
Até mais
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