23 Reflexões Quando Faço 23

Então é dia 7 de maio, a.k.a. meu aniversário. Parabéns para mim. Yay!

Todo ano faço um post falando sobre essa data, porque acho que é meu jeito de fazê-la não passar em branco. E esse ano não seria diferente. Mas pra deixar isso mais legal, resolvi fazer uma lista. uma lista de 23 coisas que aprendi nos meus 23 anos de vida. Você pode ficar com preguiça de ler, e tudo bem. Talvez seja mais pessoal do que qualquer outra coisa. Mas ficará aqui, e você pode me dizer com o que se identifica se quiser. Lá vamos nós.

1. Nunca gostei de celebrar aniversários. Sempre que fazia festa, queria me retirar da festa tão logo ela começava. Mas nos últimos anos, percebi o quanto essa data deve ser comemorada. Não é pela festa, nem pelos presentes, mas pela vida. Conforme a gente vai perdendo as pessoas, se liga do quão importante esse novo ano é. Não sei se vou chegar ao próximo aniversário; por que não viver este?

2. Ser adulto não é uma transformação que acontece da noite pro dia. Quando eu era mais nova, achava que um dia saberia tudo, porque seria adulta e adultos tem todas as respostas. Mas aí cresci e vi que, na verdade, ser adulto significa ter mais perguntas. É uma descoberta eterna e a gente nunca para de aprender. É uma formação que se dá aos poucos, quase como uma faculdade. Só que sem aulas. E sem diploma.

3. Falando em diploma, ele realmente não define a sua vida. Na verdade consigo pensar em pelo menos 5 coisas completamente aleatórias que podem me ajudar mais do que uma formação profissional. Conheço no mínimo 20 pessoas que fizeram faculdade e hoje seguem caminhos totalmente diferentes do que planejavam. Antes eu achava faculdade uma obrigação. Hoje em dia, acredito ser opcional.

4. Mesmo assim, a gente precisa continuar estudando pra sempre. Me formei no colégio rezando pra não ter mais que ver cálculos, na faculdade, rezando pra me livrar das aulas de fotografia, e cá estou, trabalhando e…. estudando. A gente percebe que renovação é um mal necessário e que, na verdade, quando estudamos uma coisa bacana, é muito legal aprender.

5. Nada, nada, nada me faz dar mais valor ao aprendizado do que ser professora. Depois que comecei a dar aula, percebi o quanto a) aprender é importante, e b) aprender e ensinar são tarefas difíceis. A gente tende a acreditar que um professor que entrega uma aula ruim é simplesmente um mau professor, quando tem tanto mais além disso. Se pudesse voltar no tempo, acho que daria um abraço em todos que me ensinaram, porque agora sei o quanto é sacrificante.

6. Ser bondoso é um bem gratuito e que só traz coisas boas. Eu sempre soube disso, mas de uns tempos pra cá, comecei a colher esses frutos e percebi o quanto sou grata por eles. Não significa ser complacente e apagado, mas simplesmente escolher ser uma pessoa melhor. O bem se multiplica.

7. Fases ruins passam. Já passei por muitas delas, e eu sei que toda vez que nos vemos em uma, parece que vamos morrer na praia, mas a verdade é que a tempestade precisa chegar no seu ápice antes de começar a acalmar. Por maior e pior que pareça, passa. Sempre.

8. Fases ruins são necessárias. Sempre acreditei que a gente precisa cometer os próprios erros pra aprender, mas com o passar dos anos, passei a analisar essas situações mais friamente. O que eu posso aprender com isso? O que posso fazer de diferente na próxima? Tudo na vida é lição, e se não te ensinou nada, então pode apostar que vai acontecer de novo.

9. Nossos pais são as melhores pessoas – independente do quão ruim eles possam parecer. Não digo isso pra defender a postura às vezes incorreta de um e outro, mas porque todo pai e mãe, independente dos erros que cometa, é humano e está tentando acertar. Já me afastei muito dos meus pais porque não aceitava certas atitudes, e hoje em dia tento me colocar no lugar deles. Não sou mãe, não tenho como saber o que faria diferente. Mas conforme fui crescendo, se tornou mais fácil enxergar, entender, e até argumentar com certas coisas. Eles são pessoas, e nem sempre sabem tudo. Se eles tiveram paciência comigo, por que não terei com eles?

10. Todo mundo envelhece… e morre. E isso me assusta. Acho que nunca vai deixar de me assustar. Especialmente nos últimos meses, em que lidei com perdas muito próximas, fui acordando pro quanto a vida é finita. É diferente aceitar que um dia você vai envelhecer, a perceber que os outros também vão. Que seus pais se tornarão idosos, que um dia você não os terá mais por perto. Quando essa realidade bate, a gente percebe o quanto precisa aproveitar o agora.

11. Julgar não é legal. Nunca. Fim.

12. Ficar quieto quando outra pessoa julga também não. É diferente permitir que pessoas tenham opiniões a ficar calado quanto ao desrespeito. Não sou particularmente fã de discussões, mas tenho achado cada vez mais difícil não tomar partido quando vejo preconceito em prática, por exemplo. Se eu não fizer nada, por que outro faria. Tem que ser iniciativa de cada um.

13. Sou mulher. Sou forte. Sou digna de respeito. Ninguém tem o direito de me dizer o contrário.

14. Sou linda. Sou o que sou. Preciso acreditar nisso, e acreditar em mim – não porque se eu não o fizer, ninguém mais fará. Simplesmente porque eu preciso disso. A vida com amor próprio é muito melhor.

15. Não faz bem diminuir a luta dos outros. Você não sabe pelo que aquela pessoa está passando. Ou coloque-se no lugar dela, ou fique em silêncio. Cada um tem seus próprios problemas, e se não for pra ajudar, é melhor não fazer nada.

16. Também não faz bem se comparar aos outros. Seja a uma modelo famosa na revista, seja ao seu irmão mais velho, somos todos pessoas diferentes, únicas e incomparáveis. Pra que comparar sua vida, seu corpo ou sua mente com outra pessoa? No final do dia, você é você e ela é ela. E só.

17. A melhor forma de sonhar é sonhar de olhos abertos, planejando. Eu costumava só imaginar coisas, e nunca saber por onde começar. Hoje eu sei que todo sonho é possível, com a dose certa de planejamento.

18. A vida é curta demais pra gente fazer o que não gosta. Isso vale pra tudo – pra um rolê que você não quer fazer, pra uma faculdade que não está tão legal assim. Se não te faz bem, não faz bem e pronto. Larga. Parte pra próxima.

19. Amigos frequentemente vão embora. E não me refiro só ao sentido literal, mas ao figurado também. A gente se espanta no começo com o quão rapidamente algumas amizades ditas eternas se desfazem, achando que quem fica é que é seu amigo de verdade. Eu discordo. Acho que é parte do ciclo – ganhar, viver, perder. Só porque eu não vejo aquela minha super amiga do ginásio há quase 1 ano, isso não significa que ela não era minha amiga antes, nem que seja uma estranha agora. As amizades são diferentes quando a gente cresce, porque as pessoas mudam. E por isso, algumas pessoas ficam para trás. Não tem choro. A vida continua.

20. Estar sozinha e ser sozinha são coisas bem diferentes. Por muito tempo, eu deixei que um status de relacionamento definisse quem eu era. Tinha medo de me tornar aquela clássica velha cheia de gatos (cachorros, no meu caso), achando que ninguém nunca ia me querer. E aí percebi que não preciso que ninguém me queira. Estou muito bem sozinha, obrigada; sozinha e cercada de amigos. Não preciso de outra pessoa pra ser feliz.

21. Estamos constantemente mudando. Não sei se eu reconheceria a pessoa que eu era há três anos atrás mais do que ela me reconheceria agora. Daqui a cinco anos, serei alguém totalmente diferente. O tempo passa e a gente se transforma – graças a Deus.

22. Não desistir. Nunca. Só isso.

23. O que vale mesmo é ser feliz 🙂

1 thought on “23 Reflexões Quando Faço 23

  1. Queridona

    a gente sempre faz reflexões da vida quando chega perto dos nivers né, super naturais as duas
    Imagina que quando eu tinha a sua idade nem tinha esse monte de redes sociais que unem tanto as pessoas, era tensoooooooo
    Meus parabéns, muito sucesso, adoro vc

    beijos imensos

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