Ontem foi Terça de Terapia. O que é irônico porque a Duda, personagem de Amor Plus Size, tem a Terça de Terapia em seu próprio livro. Mas deixemos esse assunto para outra hora.
Ontem foi Terça de Terapia, e no vai e vem das conversas com a minha psicóloga, ela me disse uma coisa que está ecoando na minha cabeça até agora: “o sol brilha igual pra todo mundo, mas nem todo mundo abre a janela”.
Estávamos falando sobre oportunidades e talento. Falei sobre como às vezes eu me deixava abater pelo cansaço, pela falta de motivação, pela vida. Ela me lembrou, então, que todos nós temos uma luz própria, e todos nós brilhamos; só que alguns preferem ignorar esse brilho e outros tentam brilhar mais. Daí a analogia da janela.
Porque, sabe, é tão mais fácil às vezes deixar a janela fechada e reclamar que o dia está feio, que a vida é injusta, que o clima não está como você queria. É fácil se privar das coisas e se esconder atrás do medo, atrás da janela fechada. Esquecemos, às vezes, que nossa casa — nossa mente — somos nós mesmos. E eu sei, nem sempre temos controle sobre ela. Mas às vezes, naqueles dias comuns, tudo o que basta é abrir as cortinas e deixar a luz entrar. É ver o sol. É se deixar brilhar.
Porque, no fim do dia, assim como a vida, o sol não espera por ninguém.