Doze

É oficial agora. Já estou há mais tempo sem você do que passamos juntos. Já faz algum tempo — oito de doze, se estivermos contando — mas é estranho mesmo assim.

Eu me pergunto se você também olha pro calendário e ainda se lembra. Se a senha do seu cartão ainda está lá pra te lembrar do passado. Se você também sente essa pontada no coração todo dia 26.
Não é amor, não mais; ou talvez seja, mas do jeito mais ínfimo possível. Amor por uma memória, por uma vida inteira que foi e a que poderia ter sido. Amor pelo primeiro amor. Ele sempre vai estar ali, eu acho. Fiz minhas pazes com isso, e com você.

Nesses últimos anos, passei por todos os estágios do luto. Houve um tempo em que essa data me deixaria pra baixo, pensando em tudo que eu queria que a gente ainda fosse. Já tem um tempo que não é mais assim. Hoje é um dia de lembranças, umas que não doem mais. Um passado que eu celebro.

Obrigada pelo dia 26, e por todos que vieram depois dele, felizes ou tristes. Obrigada por ter feito parte da minha história. Quatro de doze. Cada segundo valeu a pena.

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