Preto era o seu vestido na tarde em que te beijei pela primeira vez. A gente andou pelas ruas que eu ainda desconhecia e você me mostrou os lugares que costumava visitar.
Escuro estava o céu quando entrei naquela casa pela segunda vez. Vocês cobriram meus olhos e me levaram a um conto de fadas feito de velas e serenatas.
E enquanto eu estava ali, só conseguia pensar que talvez exista um motivo pra todos os caminhos terem me levado àquele lugar. É lindo pensar que fios invisíveis nos conectam, algo maior que sempre quis levar as minhas mãos até às suas.
O tempo é curioso. Eu jamais saberia, antes de viver, e depois que vivi, nunca vou poder tirar as marcas de mim. Talvez os sinais sempre estivessem lá, e eu tentasse ignorar. Mas, assim como o coração sempre bate e a memória sempre arde, essa corrente que nos une nunca vai se quebrar.