As melhores do Biblioteca Empoeirada

Já sou colunista do blog Biblioteca Empoeirada há mais de um ano. Lembro que quando a Sam me convidou pra preencher essa “lacuna” de posts e deixou o tema a meu critério, eu encarei o ato de escrever crônicas e pequenos textos como um desafio pessoal, já que nunca fui muito dada a escrever coisas curtas. Falei mais sobre isso no 6º capítulo dos meus Diários de Escrita.

Enfim, estava pensando em alguma coisa pra postar por aqui e resolvi trazer isso de volta. Não só porque eu gosto muito dos textos que produzo pra postar lá (alguns dos quais eu até já postei aqui), mas porque tem muita gente que não conhece a coluna ou esses textos, então também vale como uma propagandinha hehe. Vou fazer um apanhadinho de trechos dos meus preferidos, com links pra quem quiser ler na íntegra depois 🙂

Boa leitura!

Se não está afim, não faça. Se fizer, não se arrependa. Se o arrependimento bater, desculpe-se. Existe jeito pra tudo e existe tempo de sobra pra fazer dar certo. Pra quê complicar a vida? Simplifique!

de Simplificando

Coração de regime é coração de regime e pronto. Enquanto nãoemagrecer sarar não tem conversa. Nada que possa me fazer engordarsofrer é permitido nessa dieta. Fechada pra balança. Ou balanço? Tanto faz. Como todo regime, não é definitivo. É só até eu olhar no espelho e me sentir nova.

Algumas coisas são valiosas demais para confiar a outra pessoa. Ninguém além de mim pode ser responsável pela minha felicidade. Amar não é depender do outro; é completar, somar, é poder viver sem, mas escolher viver junto. 

Se for pra ficar, que fique porque deseja, porque quer, porque de algum modo minha ausência lhe fará tão mal quanto a sua a mim. Não fique por pena, por hesitação, não se prenda se nada disso lhe fizer bem. 

Cheiro do passado, do amor perdido, do amigo distante, do parente querido, da mãe que a gente quase não vê mais. Cheiro da responsabilidade, da vida batendo na porta, do primeiro e do próximo emprego, do canudo que surge na mão, do diploma recém-pendurado na parede. Cheiro de futuro, de possibilidades, de descobertas, de aromas que ainda não senti, histórias que ainda vou viver.

Abraçar é querer fundir-se ao outro, protegê-lo do mundo e de si, é não suportar a distância, é querer demonstrar a saudade, é querer espalhar o afeto, é quando palavras e atitudes mais não bastam pra definir um sentimento. É indefinível, é único, é pessoal. Cada um tem um abraço, e se a gente não encaixa nele, então já era. Um abraço muda tudo.

Você é impossível. Estraga minha falsa sensação de segurança, ignora a eletricidade corrente, me chama de parceira pra depois chamar de amor.

Acabou porque vai ver as coisas tem mesmo um prazo de validade. Quem sabe o amor seja como a comida que estraga depois de muito tempo na geladeira. Pode ser que os relacionamentos sejam o pãozinho, mofando com o tempo. E aí tem que jogar fora pra não fazer mal. Você aproveita enquanto está bom, e se desfaz tão logo começa a apodrecer.

A gente só troca um abraço por um toque de mão em quem a gente conhece tão bem, que um pequeno gesto vale mais que palavras. A gente só segura firme naqueles em quem que mais confiamos. E os dedos só se entrelaçam quando há sentimento. Pois aqueles espaços vazios que a gente tem – nas mãos, no coração – não são encaixe pra qualquer pessoa. É um toque que diz muito, que segura firme, que preenche a alma.

Os defeitos estavam em todos os lugares – no seu vestido rasgado, no teto aos pedaços, no sorriso do rosto dele -, mas ela não podia se forçar a dar atenção a eles. Importava se era sonho, quando parecia tão real? Fazia diferença que fosse mentira, desde que a fizesse feliz?

Você foi embora, e as lembranças ficaram – a foto na estante, os recados na caixa postal, a música tocando sem parar, ameaçando explodir as caixas de som. Mas ouvindo sozinha, de repente os versos não faziam mais sentido. Como a nossa melodia, aquela também não parecia mais se encaixar. 

O meu amor, a minha saudade, tudo tem um gosto de lembrança. A falta dos dias bons que vivemos, dos sentimentos que dividimos, de tudo aquilo que deixamos para trás quando, numa tarde de verão, sabe-se lá há quanto tempo, decidimos que os nossos caminhos não iriam mais se cruzar.

Fico pensando se você já esqueceu o meu rosto, se ainda me reconheceria pelo perfume, se lembra do som da minha voz.

Talvez, se a gente tivesse tentado de novo, pudesse ter feito dar certo. Talvez, se a gente quisesse, pudesse ter tentado outra vez. 

Sou tão você quando você é eu, assim como sou todos aqueles que já conheci e você será as muitas pessoas que ainda virão a passar pela sua vida. O emaranhado infinito que nos compõe é parte de nós. Da nossa vida.

de Nós

Continue acompanhando minha coluna no Biblioteca Empoeirada pra ler novas crônicas todo sábado 😀

Beijos,
Larissa

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