Bienal 2013 – parte II

 Eu tinha um planejamento pra cada dia de Bienal: comprar, socializar e trabalhar, essa era a ordem. A verdade é que queria aproveitar ao máximo os três dias que teria de evento, e não apenas como autora. Sabe como é, a gente tem essa mania de querer abraçar o mundo, e nunca se toca que, na verdade, as prioridades serão sempre isso: prioridades.

Então, depois de um dia inteiro de andanças e de ter conhecido cada pavilhão e encontrado já muita gente… resolvi abolir o plano de aproveitar o sábado. Afinal, livros não se vendem sozinhos. Meu lugar era ao lado do meu bebê.



Assim sendo, cheguei no sábado armada pra um final de semana louco de pessoas, vendas e muito trabalho. Minha mochila estava pesada com os brindes e roupas – conseguimos, de última hora, a convite da linda da Ana, um lugar pra ficar na Barra, bem pertinho do Riocentro ♥ – e eu já estava com o cansaço acumulado da noite maldormida de ansiedade. Não importa. Ativei o modo autora-sorridente e ignorei a dor na coluna, as olheiras porcamente cobertas com maquiagem, a barriga revirada de tanto comer lanche. Me juntei ao time de autores que preenchia o corredor P com suas plaquinhas para atrair leitores sem precisar ser inconveniente – a minha dizia “Livro aprovado pelo ministério da magia”. Nem de perto tão criativa quanto a campanha “compre um livro e me ajude a crescer” da Mare Soares, ou o apelo “compre meu livro em nome de Goku” da dona Luciane Rangel haha! Eita galera maluca!

Sábado foi um dos dias em que mais conheci pessoas, definitivamente. E reencontrei bons e velhos conhecidos também. A Clara, a Mel e o Drigo, todos lá da  NRA foram uns dos primeiros a passarem por lá pra me dar um oi. A Jéssica Polato, lá do blog Eu li e divulgo, também deu uma pausa no seu ritmo frenético de um-dia-só-na-Bienal pra me dar um abraço e pegar um Bruxas. Depois ainda teve a Flávia, essa linda, que mesmo tendo todos os meus livros fez questão de passar lá só pra ficar de fofoca comigo ♥. Conheci ainda o Ronaldo, com quem já bato altos papos no twitter há milênios, e a Renata, a Barbara, a Gui, e mais um monte de outros lindos e lindas que eu só conhecia pela internet, e isso significa mais pra mim do que eu consigo escrever aqui. É tão surreal e incrível dar rostos aos nomes! Dizer “oi”, e alguém falar “eu te conheço! Eu li seu livro”. Não dá pra explicar. É algo que nunca me canso de viver.

E, claro, ainda tem o adendo de poder conhecer muita gente legal! Logo de manhãzinha fiquei de papo com o pessoal do Grupo Código, e não é que, além de voltarem mais tarde, todos ainda me acharam no facebook e no twitter? Muito amor! Também conheci a Paula Vendramini e a Lhaisa Andria, duas autoras foférrimas lá do Sul que dividiram estande comigo, fizeram farra e me deixaram com muita inveja daqueles bonés incríveis cheios de asinhas e bottons (eu jurei que ia tirar uma foto com um deles, e super esqueci #mimimi). E ainda teve a Maynara, a Jacqueline, e mais uma porrada de gente cujos rostos eu decorei muito melhor do que os nomes. A cabeça é fraca, mas o coração não esquece!

Mais pro fim daquela tarde, ainda rolaram os dois únicos eventos de que participei: o encontro da NRA –
em que tive a oportunidade de papear e matar a saudade de todo mundo de uma vez só ♥ – e a Marcha pela Literatura Brasileira, que foi tão sucesso que todo mundo parou pra olhar, fotografar, comentar e, por que não, participar também. Na hora, confesso, pareceu muito assustador caminhar a cantar com toda aquela gente encarando, mas quer saber? Faria tudo de novo. E farei, se precisar. Mais do que fazer barulho, mostramos que existimos, e mostramos o que queremos. Não caminhamos e cantamos cada um por si, mas por todo mundo – pelos publicados, pelos famosos, pelos desconhecidos, pelos que ainda virão. Nada do que fizemos foi gratuito, e isso me anima. Sei não, mas algo me diz que ainda vamos dar o que falar…

Encerrei meu dia com boas doses de risada na companhia da Ana, da Andressa, do Alan, da Frini e do namorado dela. Saí do Riocentro quase às onze da noite, me sentindo exausta, mas tão, tão, tão feliz. E tão triste ao mesmo tempo. O domingo estava chegando. A Bienal estava quase no fim.

Logo menos volto com os relatos do último dia 😉
Beijocas!

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