Esse tal destino

Você acredita em coincidências? Estava falando sobre isso outro dia com as minhas amigas, sobre a felicidade das pequenas coisas que nos uniram e nos trouxeram até onde estamos hoje. A vida é um emaranhado dessas coincidências.
Por exemplo, muitas foram as coisas que me trouxeram até esse texto hoje. Precisei começar uma campanha no Padrim, por exemplo. Antes disso, precisei ficar desempregada, sentir o aperto no bolso. Mas, para ficar desempregada, precisei primeiro ter um emprego que pudesse perder. E, antes disso, a vontade de trabalhar que me levasse até esse emprego. Vontade essa que só surgiu porque, uns anos antes, eu estava desmotivada com a escrita depois de uma sequência de acontecimentos ruins. Que só existiram porque eu comecei essa carreira — carreira esta que começou graças a uma dica de uma amiga, que conheci na internet, no fórum daquela que seria, dez anos depois, a minha editora. O mundo dá voltas, e eventualmente, essas voltas nos colocam onde era pra gente estar.
Isso significa que, se as coisas acontecessem de outra forma, se eu desviasse desse caminho por uma fala ou uma decisão, nada disso teria acontecido? Talvez não. Mais do que em coincidências, eu acredito em destino: aquele que a gente faz para nós mesmos todos os dias, escolha após escolha, um passo atrás do outro, e também aquele do qual não podemos escapar. O plano de deus, se você acredita nisso, ou simplesmente aquilo que era pra acontecer
Em algum ponto, acho que era pra eu chegar até aqui, e, chegando aqui, eu alcançaria você. Se traçarmos nossos caminhos de trás pra frente, talvez a gente encontre aquele momento exato que decidiu que esse caminho que trilhamos juntos era mesmo pra acontecer. Talvez não. Talvez, seja tudo só uma grande coincidência.

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