Diário de Malta, parte 3

OI!
Meu Deus, faz uns cem anos que eu não passo por aqui!! Sei que prometi pra vocês mantê-los informados, e que traria notícias do além-mar e que não iria desaparecer, mas, bom, é difícil quando se está numa ilha como essa e tem tanta coisa pra fazer. Tipo assistir aulas, dormir, ir pra balada e etc.
A boa notícia é que essa ausência fez com que eu acumulasse muita coisa boa pra contar, então o post vai ser cheio. Nem lembro mais onde eu parei no último post. Foi na visita a Valetta, né?
Bom, nessas últimas duas semanas que eu não postei, fiz bastante coisa e conheci mais pedaços de Malta, mas vou trazer o que tem de interessante. Por exemplo, na semana retrasada, foi feriado por aqui – dia de São Pedro e São Paulo, padroeiros das ilhas maltesas -, mais precisamente na quarta-feira. E usamos esse feriado pra visitar a cidade de Mdina. (pronuncia-se “medina”)

Café Fontanella

Mdina era a antiga capital de Malta antes de Valetta ser construída. Fica num local bem afastado – demoramos cerca de uma hora pra chegar – e, além dos seus portões, somente carros dos residentes podem entrar. A cidade é quase toda cercada por uma muralha, e, como todas as outras cidades em Malta, é feita basicamente de pedra. Hoje em dia, só quem vive ali é a mais alta aristocracia de Malta, e não há a possibilidade de se comprar uma casa ou terreno em Mdina – tudo que tem ali é herdado, apenas. A melhor parte da viagem, contudo, não foram nem os prédios históricos nem a vista bonita de estar num dos pontos mais altos da ilha, mas sim a parada pelo Café Fontanella, onde servem os melhores bolos de toda a ilha. Acreditem, é verdade. Me deliciei!

Brasileirada no Isle of MTV

Na quinta-feira, o programa foi um pouco diferente: nada de paisagens, nem de auls de história. Quinta-feira, eu e mais 10 mil pessoas (senão mais) fomos pra Valetta assistir o Festival de Música da MTV em Malta (o Isle of MTV), que trouxe como atrações principais LMFAO, Far East Movement e Snoop Dog. Tinha tanta gente, mas tanta gente, que eu não conseguia nem respirar. Fiquei com o (imenso) grupinho de brasileiros, derrubei Nutella na minha camiseta (comendo crepe), comprei outra camiseta (ampliem a foto pra ver a estampa), fui empurrada, derrubaram cerveja em mim, e então eu fui embora, antes mesmo de o Snoop Dog entrar no palco. Muita muvuca. Mesmo que eu tentasse, não era alta o bastante nem pra enxergar o telão. Fail.

Na balsa pra Blue Lagoon

Então no Sábado, fomos pra um dos lugares que eu mais estava querendo conhecer: Comino e sua famosa Blue Lagoon. Já tinha visto fotos e precisava saber se era mesmo tudo isso. Enfrentamos uma hora de ônibus até a balsa, pegamos o barquinho que mais me deu tontura na vida, e, de repente, eu olho pro mar e vejo… uma piscina. Não estou brincando. Quando me disseram que a tal da Blue Lagoon era tipo uma piscina, pensei tudo, menos que a água seria azul piscina, transparente e que a áreia seria tão branca que pareceria o piso de uma piscina. Juro que foi a coisa mais impressionantemente maravilhosa que eu vi! Esse trecho de água translúcida não é muito extenso, mas o suficiente pra me deixar boquiaberta. O único problema é que a Blue Lagoon é situada num espaço de praia ridiculamente pequeno, que certamente não comporta as centenas de turistas que vão pra lá todos os dias. Resultado: disputa de espaço, aluguel de cadeiras de praia, e a impossibilidade de se espreguiçar na areia. Aproveite as pedras se quiser: areia, só quando entrar na água.

Dá pra acreditar na cor da água?

Não fiz nada de muito interessante na semana passada. Nada que eu me lembre, pelo menos. Mas, durante a semana, eu e uns amigos (adivinhem de que país? hehe) programamos nossa viagem para a Sicília, que rolou no domingo passado. Malta fica pouco abaixo da Itália, a apenas 1h30 de barco da Sicília, e por isso a viagem é até que relativamente barata. Por que não, certo? E lá fomos nós.
Acordei 5h da manhã. Sai da residência quase como um zumbi. Peguei uma balsa enorme, me ajeitei e dormi. Chegamos, subimos num ônibus e… viajamos por 2h15.

Brasileirada no Teatro Grego

A verdade é que a maior parte da viagem se deu dentro do ônibus. Parecia que nunca ia chegar quando, já na hora do almoço, chegamos em Taormina, uma cidade linda beirando o mar. Almoçamos num restaurante com uma vista impressionante, comemos, claro, muito macarrão (tá na Itália, vai fazer o quê?), e depois saímos pra bater perna. Além de fuxicar nas lojinhas de souvenir (adoro!), tomar sorvete (amo!) e sofrer com o calor (eca!), fizemos uma parada num Teatro Grego situado na cidade. O lugar é um enorme museu a céu aberto, e praticamente toda a formação do teatro em arena ainda está de pé – adicionaram cadeiras aos degraus de pedra, e um sistema de iluminação mais moderno, apenas. O negócio todo é incrivelmente alto, e eu fiquei sem ar na metade do caminho, mas subi até a última fileira de assentos, e tirei fotos feito louca. Uma viagem ao passado! Amei!
E depois, veio a parte que todo mundo estava esperando: o vulcão. Pra quem não sabe, a Sicília é lar de um dos vulcões mais ativos da Europa, que, inclusive, teve uma explosão há umas duas semanas: é o Etna. E, como parte da excursão, estava inclusa uma visita ao Etna. Entramos no ônibus por mais uma hora, enquanto fazíamos o caminho de subida até o local permitido pros ônibus estacionarem, uma espécie de centrinho de lojas e lanchonetes situado na montanha. E, de lá, pegamos o teleférico.

Lá no Etna..

15 minutos depois, estávamos no ponto mais alto que o teleférico poderia nos levar, respirando aquele cheio de terra vulcânica, ficando com os pés pretos, roubando pedrinhas do chão. A vista é linda e dá pra ver toda a região de lá de cima. Quem quisesse ainda podia continuar subindo até onde fosse possível a pé – claro que não foi a escolha da sedentária aqui. Curti a paisagem numa boa, depois desci, porque já estava com fome de novo.
E aqui estamos nós, na minha última semana de aula, praticamente última semana em Malta. Minha mãe chega no sábado, e ficaremos mais uns dias antes de partir pra outros países, e ai sim espero escrever com mais freqüência. Europa que me aguarde. Uhuul!

Outras novidades:
Tem resenha nova de Ardente Perigo no blog da Thay Priscilla: http://thaypriscilla.blogspot.com/2011/07/resenha-ardente-perigo.html
Divulgando o twitter do meu livro, As Bruxas de Oxford, você recebe por e-mail os dois primeiros capítulos do livro – então ajudem a divulgar 🙂

É isso ai! Beijos e volto depois!

2 thoughts on “Diário de Malta, parte 3

  1. OMG.. que invejinha de você!
    É tudo muito lindo e caramba, aquela água azul é irreal, só pode .. O_O

    Esperarei pelos seus relatos de quando estiver passeando pelo resto da Europa *-*

    Beijocas

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